Na Cidade de Deus, Rio de Janeiro, acreditamos que a arte pode transformar realidades. O Projeto Flagra nasceu com esse propósito: criar um espaço onde a fotografia se tornasse uma ponte entre a vida na favela e novas possibilidades de futuro.
Tudo começou a partir de uma troca de ideias entre pessoas que compartilham do mesmo desejo de mudança. Carlos, nascido no Brasil e que cresceu nos Estados Unidos, voltou ao país com vontade de colaborar com iniciativas culturais locais. Através do diretor Rafael Carmo, ele se conectou com Gabriel Miranda e Thiago Almeida, integrantes do coletivo Cidade Skate Arte, que há anos atuam na Cidade de Deus promovendo ações sociais e culturais incluindo oficinas de skate para crianças e adolescentes.


É importante reconhecer que o nascimento do Projeto Flagra só foi possível graças às bases sólidas construídas pelo próprio coletivo. Fundado por Mingal e Dennis, o Cidade Skate Arte abriu caminhos e criou um ecossistema de acolhimento, cultura e resistência dentro da comunidade. O Flagra é uma extensão desse legado, ampliando o alcance da arte como instrumento de transformação.

Para estruturar e fortalecer ainda mais o projeto, convidamos Nayane Silva para fazer parte da equipe. Moradora da Cidade de Deus, Nayane é fotógrafa formada pelo programa Imagens do Povo e produtora cultural pelo Polo Educacional SESC. Atua como produtora executiva do Projeto Flagra, contribuindo com sua experiência em arte-educação, mediação cultural, produção e curadoria. Sua pesquisa fotográfica se dedica ao cotidiano da favela, com foco na preservação da memória e na discussão sobre o direito à cidade.
Realizamos oficinas semanais de fotografia para jovens da comunidade, onde ensinamos fundamentos técnicos como luz, enquadramento e composição, mas também incentivamos a criação de narrativas visuais próprias. Mais do que aprender a fotografar, os participantes desenvolvem um novo olhar sobre o território, sobre si mesmos e sobre as possibilidades que os cercam.

A fotografia aqui é uma ferramenta de expressão, pertencimento e liberdade criativa. A cada encontro, surgem olhares únicos, perspectivas potentes e histórias que merecem ser contadas por quem as vive.
Nosso objetivo é seguir fortalecendo o projeto dentro da própria Cidade de Deus — trazendo mais recursos, ampliando o acesso a equipamentos e criando novas oportunidades para os jovens que participam. À medida que crescemos, seguimos firmes no que acreditamos: transformar a juventude através da arte, sempre com os pés no território e escuta ativa de quem faz parte dele.
Projeto Flagra: Photography as a Tool for Transformation
In Cidade de Deus, Rio de Janeiro, we believe art can transform realities. Projeto Flagra was created with that purpose: to offer photography as a bridge between life in the favela and new possibilities for the future.
The idea came to life through a natural exchange between people committed to the same mission. Carlos, born in Brazil and raised in the United States, returned with the desire to contribute to local cultural movements. Through director Rafael Carmo, he connected with Gabriel Miranda and Thiago Almeida, members of the Cidade Skate Arte collective, which has long been active in Cidade de Deus with social and cultural programs including skateboarding workshops for kids and teens.

It’s important to acknowledge that the foundation of Projeto Flagra was only made possible thanks to the groundwork laid by the collective itself. Founded by Mingal and Dennis, Cidade Skate Arte built a powerful ecosystem of care, creativity, and resistance within the community. Flagra stands as an extension of that legacy broadening the reach of art as a tool for transformation.
To help us build structure and strengthen the program, we brought in Nayane Silva, a Cidade de Deus native with deep roots in the local art scene. Nayane is a photographer trained by the Imagens do Povo program and a cultural producer through the SESC Educational Center. She now works as Flagra’s executive producer, bringing experience in art education, cultural mediation, production, and curating. Her photographic research centers on everyday life, with a focus on memory preservation and the right to the city.


We hold weekly photography workshops for young people in the community, teaching technical skills like light, framing, and composition but just as importantly, encouraging participants to build their own visual narratives. It’s not just about learning how to use a camera; it’s about developing a new way of seeing themselves, their environment, and their future.
For us, photography is a tool for expression, belonging, and creative freedom. Every session brings out unique perspectives, powerful stories, and a sense of authorship from those who live these realities every day.